Preparo endodôntico.
Conceitos básicos .
1a. aula da série de preparo endodôntico.
Definições Conceitos básicos Sequência do preparo endodôntico Meios de preparo Objetivos do preparo endodôntico Bases do preparo endodôntico Pulpectomia Penetração desinfetante Limite apical do preparo Exploração Patência Odontometria radiográfica Localizadores apicais
in: in: Siqueira et al. Princípios biológicos do tratamento endodôntico. de dentes com polpa necrosada e lesão perirradicular. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 69, n. 1, p. 8-14, jan./jun. 2012
Introdução: Introdução: As três condições clínicas que o profissional lida no dia a dia da prática endodôntica e que requerem intervenção incluem dentes com pulpite irreversível (biopulpectomia), com necrose e infecção pulpar (necropulpectomia) e casos de retratamento (26). O sucesso do tratamento endodôntico depende do reconhecimento das idiossincrasias de cada uma destas três condições. A diferença fundamental entre elas reside no fato de que os casos de polpa necrosada e de retratamento são caracterizados pela presença de infecção, enquanto os de polpas vitais são livres de infecção. Para que um elevado índice de sucesso de magnitude similar seja obtido para estas três condições, deve-se reconhecer que medidas terapêuticas diferenciadas devem ser instituídas. Em outras palavras, o tratamento para tais condições deve ser calcado em estratégias diferentes, se o mesmo índice de sucesso é esperado.
Efeito do Preparo Químico-Mecânico Durante o preparo químico-mecânico, instrumentos endodônticos promovem a remoção mecânica de micro-organismos, seus produtos e tecidos degenerados, auxiliadas por uma substância química que, além de maximizar a remoção de detritos através da ação mecânica do fluxo e refluxo, também pode exercer um efeito químico significativo, desde que possua ação antimicrobiana e solvente de matéria orgânica. A ação mecânica da instrumentação e da irrigação é capaz de reduzir substancialmente a quantidade de micro–organismos e de tecido degenerado do interior do sistema de canais radiculares.
Todavia, o emprego de soluções irrigadoras (substância química auxiliar) dotadas de atividade antibacteriana aumenta significativamente a eficácia do preparo em termos de controle da infecção. O NaOCl é a substância química auxiliar mais empregada no tratamento endodôntico de dentes com necrose pulpar, em concentração variando entre 0,5 a 6%. Estudos demonstram que não há diferença significativa entre as diferentes concentrações de NaOCl em termos de redução bacteriana intracanal e capacidade solvente de matéria orgânica. Assim, trocas regulares da solução no canal e irrigações copiosas mantêm as propriedades das soluções no interior do canal, compensando os efeitos da concentração.
Calibre Apical de Instrumentação Estudos têm revelado que o calibre apical do preparo pode exercer influência significativa no controle da infecção. SIQUEIRA et al. revelaram que a cada troca sequencial de instrumentos para um maior calibre, a redução da população bacteriana foi significativamente maior quando comparada com a lima anterior. Tal achado indica que quanto mais amplo for o preparo do canal, maior também será a eliminação de bactérias do seu interior, o que foi corroborado por ROLLISON et al.
Na prática clínica, o diâmetro final do preparo do canal dependerá do tipo de instrumento utilizado no preparo, do volume radicular e da presença de curvaturas. Instrumentos rotatórios e manuais confeccionados a partir de uma liga de NiTi podem alargar canais curvos a diâmetros dificilmente alcançados por instrumentos de aço inoxidável, com um risco muito menor de acidentes transoperatórios. Preparos suficientemente amplos podem incorporar irregularidades anatômicas e permitir uma remoção substancial de irritantes do interior do sistema de canais radiculares. Além disso, preparos amplos permitem uma melhor irrigação do terço apical dos canais.
Preparo endodôntico. Conceitos básicos.