No momento, você está visualizando Fratura alveolar. Trauma no esporte.
fratura alveolar

Fratura alveolar. Trauma no esporte.

Fratura alveolar na prática de esportes.

Paciente sexo masculino, 20 anos, foi atendido após acidente praticando esporte (hóquei), queixando-se de mobilidade nos dentes inferiores. O exame clínico revelou mobilidade dos dentes 31 e 41 em conjunto, típica de fratura alveolar.

Foi realizada redução da fratura, seguida de contenção rígida a ser mantida por 45 dias.

O paciente foi orientado para a proservação endodôntica da região.

Traumatismo dental. Fratura coroa raiz complicada. In: Machado, Ricardo. Endodontia: Princípios Biológicos e Técnicos. Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2022.

Introdução

As lesões traumáticas dentoalveolares constituem um problema de saúde pública devido à sua alta prevalência, sobretudo em crianças e adolescentes (3,9 a 58,6%). Mais de um bilhão de pessoas já sofreram algum tipo de traumatismo dental e, no Brasil, o último estudo realizado demonstrou que 20,5% dos indivíduos na faixa etária de 12 anos apresentavam pelo menos um incisivo traumatizado. Apesar de se conhecer a etiologia das lesões traumáticas dentoalveolares, os programas de prevenção e controle não são realizados adequadamente e, portanto, não surtem o efeito desejado.

Os cuidados imediatos (que antecedem a atuação do cirurgião-dentista) e as condutas profissionais subsequentes influenciam sobremaneira o prognóstico a longo prazo. A agressividade do traumatismo e/ou a instituição de abordagens inadequadas podem causar ou contribuir para a ocorrência de significativos comprometimentos estético-funcionais considerando-se, inclusive, a possibilidade de perda dos dentes envolvidos, o que pode prejudicar o desenvolvimento biopsíquico e emocional do paciente.

A despeito do notável desenvolvimento técnico-científico ocorrido na Odontologia nas últimas décadas, as alternativas de tratamento para resolução estética dos traumatismos dentoalveolares são limitadas. Como a maior parte dos pacientes encontra-se em franco desenvolvimento craniofacial, intervenções provisórias podem ser necessárias antes da realização de reabilitações definitivas.8 Outrossim, abordagens multidisciplinares e acompanhamentos longitudinais são fundamentais para que dificuldades e sequelas tardias sejam superadas e diagnosticadas, respectivamente.

A seguir, serão expostos fundamentos filosóficos, biológicos e técnicos para o tratamento de lesões traumáticas dentoalveolares.

Fraturas coronárias de esmalte e dentina com exposição pulpar (complicadas)

Nas fraturas coronárias complicadas, há perda de esmalte e dentina, com exposição do tecido pulpar ao meio oral. Invariavelmente, a polpa desenvolve uma resposta inflamatória desencadeada por agentes bacterianos e seus subprodutos, além de mediadores químicos estimulados pela própria dilaceração tecidual. Esse processo resulta na formação de um tecido hiperplásico localizado e com profundidade de cerca de 2 mm, desde que o feixe vasculonervoso apical não tenha sido rompido.

Além disso, a própria exposição pulpar permite a drenagem do edema inflamatório, impedindo o aumento da pressão no interior desse tecido. Contudo, longos períodos de exposição podem levar a um quadro inflamatório mais intenso e profundo, com formação de microabscessos na polpa. Assim, a intervenção profissional deve ser realizada com a maior brevidade possível, com vistas à preservação de sua vitalidade.

Traumatismo dental

Deixe um comentário