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Reabsorção externa e calcificação. Relato de caso.

Reabsorção externa e calcificação. Caso de calcificação do canal radicular e reabsorção radicular externa em paciente com histórico de trauma há 10 anos.

No exame clínico, coroa escurecida e teste térmico negativo. No exame radiográfico e na tomografia, notou-se a ausência de imagem do canal radicular, além de imagem compatível com reabsorção radicular externa, com lacunas de rarefação óssea.

As alternativas de tratamento foram expostas ao paciente, em caso de insucesso em se achar o canal na consulta inicial. Com uma lima 08, o canal foi encontrado e o tratamento realizado

Caso realizado pela aluna Camila  do Valle, da turma 10 de especialização em endodontia da HPG Brasília.

calcificação

Reabsorção radicular externa

In: Endo et al. Arquivos do MUDI, v19, n2-3,p. 43-52.

INTRODUÇÂO: De acordo com o glossário da Associação Americana de Endodontia, a reabsorção radicular é definida como uma condição associada a um processo fisiológico ou patológico que resulta na perda de dentina, cemento ou osso (NE; WITHERSPOON; GUTMANN, 1999). A reabsorção fisiológica ocorre na dentição decídua durante a esfoliação e permite o irrompimento do seu dente permanente sucessor (HAROKOPAKIS-HAJISHENGALLIS, 2007; PATEL; KANAGASINGAM; PITT FORD, 2009). Por outro lado, a reabsorção patológica pode ocorrer após injúrias traumáticas, movimentação ortodôntica, inflamações crônicas de origem infecciosa dos tecidos pulpares ou periodontais, procedimentos cirúrgicos, e pressão excessiva de um dente impactado ou um tumor (FUSS; TSESIS; LIN, 2003).

As reabsorções podem ser classificadas em reabsorção interna ou externa. A reabsorção radicular interna éum processo inflamatório iniciado na face interna da cavidade pulpar com a perda de dentina, podendo alcançar o cemento (FUSS; TSESIS; LIN, 2003). Sua etiologia não está totalmente estabelecida, sendo que o trauma é o principal agente etiológico (CALISKAN; TURKUN, 1997).

Enquanto a reabsorção radicular externa é uma perda da estrutura dentária, iniciada por uma área mineralizada ou desnuda da superfície radicular. Ambas as reabsorções dependendo da sua progressão podem causar danos irreversíveis à estrutura dentária, necessitando um tratamento e monitoramento adequados. Pelo fato da reabsorção radicular inflamatória ser usualmente de origem infecciosa, deve-se aplicar estratégias antimicrobianas para favorecer o prognóstico (CVEK, 1973; SJOGREN et al., 1997).

Em diversas situações clínicas, as radiografias periapicais não permitem um diagnóstico seguro e preciso das reabsorções dentárias, entretanto existem casos em que a identificação do tipo de reabsorção, seu grau de evolução, seus limites e sua causa não seja definitivamente possíveis de ser determinados.Sendo assim, a tomografia computadorizada de feixe cônico mostra-se como um recurso adicional na detecção das reabsorções radiculares (COHENCA et al., 2007; REN et al., 2013), e apresenta baixa dose de radiação quando comparadaa tomografia computadorizada convencional,além de incluirvantagens como melhor precisão e resolução.Esta tecnologia oferece uma imagem em três dimensões, eliminando a sobreposição de imagens como observado nas radiografias periapicais.

Reabsorção externa e calcificação.

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