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Retratamento retentor

Retentores intrarradiculares. Retratamento em dente com retentor.

Retentores intrarradiculares. Retratamento em dente com retentor de fibra.

Dentes com retentores de fibra costumam ser um desafio ao retratamento.

Paciente cirurgiã dentista, procurou a clínica pra retratamento de dente 11 com fístula, tratado há 3 anos e com um pino de fibra no interior do canal. Com a utilização de microscópio e pontas de ultrassom, o retentor foi ultrapassado e desgastado para o retratamento endodôntico do canal.

In: Machado, Ricardo. Endodontia: Princípios Biológicos e Técnicos. Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2022.

Retentores intrarradiculares estéticos*
Retentores intrarradiculares cerâmicos também são considerados estéticos. Porém, a seguir, o termo “estéticos” refere-se a pinos de fibra.

Pinos estéticos têm sido cada vez mais utilizados, sobretudo por apresentarem comportamento biomecânico mais favorável e estética superior, além de demandarem menor tempo clínico para a confecção e instalação.51

Diante da necessidade de remoção, as características e o método de cimentação são determinantes para o sucesso do procedimento, visto que os cimentos resinosos são mais dificilmente removidos em razão de sua natureza viscoelástica e resiliência, que atenuam as vibrações ultrassônicas.

Os materiais mais comumente utilizados para a fabricação de pinos estéticos são as fibras de vidro, quartzo e carbono com quartzo. Por serem escuros, os pinos de carbono podem receber um revestimento com fibra de quartzo ou vidro, o que melhora a estética, sem comprometer suas propriedades positivas. Os pinos de fibra de vidro ou quartzo são mais baratos que os de fibra de carbono, e apresentam certa capacidade de transmissão de luz. Porém, para a sua cimentação, são necessários um adesivo e um cimento de presa química ou dual, pois a luz transmitida não alcança o terço apical.52

Os protocolos para a cimentação de pinos estéticos pautam-se nos preceitos da Odontologia Adesiva, em que uma camada híbrida é formada no interior do canal para que os pinos sejam adesivamente fixados à dentina intrarradicular. Desse modo, sua remoção somente pode ser realizada por desgaste.

O desgaste de pinos estéticos cimentados é considerado um procedimento de alta complexidade, em razão do eminente risco de fragilização e perfuração radicular, sobretudo, a partir do uso de brocas de alta rotação. Destarte, recomenda-se que esse procedimento seja realizado com pontas ultrassônicas e “à luz da microscopia operatória”.

Considerações iniciais para a remoção de pinos estéticos
Por meio da radiografia inicial, deve-se identificar o tipo e as características do retentor (serrilhado, cilíndrico, liso, cônico, com ou sem fio-guia etc.). Geralmente, as cores do pino e da dentina são distintas, o que contribui para que somente o pino seja desgastado, preservando as paredes radiculares. A presença de um fio-guia (fio metálico localizado no centro do pino em todo o seu comprimento) favorece à remoção sem desgastes excessivos nas paredes do canal.

Outro fator importante que deve ser ponderado para a remoção de pinos estéticos é a extensão. Quanto maior o comprimento do pino, mais difícil é a remoção em virtude do estreitamento das paredes radiculares no sentido cervicoapical. Nesse contexto, a inclinação do dente na cavidade oral também deve ser considerada.

Seleção dos insertos ultrassônicos para o desgaste
Os insertos mais utilizados para o desgaste e a remoção de pinos estéticos são os diamantados. Contudo, os lisos também podem ser empregados, embora apresentem menor capacidade de corte, sendo, portanto, mais seguros. Os insertos devem ser longos e finos para desgastar todo o retentor, preservando as paredes do canal. A irrigação durante a ativação ultrassônica compromete a visualização, razão pela qual não deve ser utilizada. Assim, recomenda-se a ativação ultrassônica por 20 segundos, intercalada com a irrigação convencional para a limpeza do canal e o resfriamento radicular.

Remoção de pinos estéticos
1.Radiografia inicial.

2.Análise e identificação dos seguintes elementos: pino, cimento, dente e resina.

3.Desgaste do núcleo e acesso ao retentor.

4.Início do desgaste do pino com uma ponta diamantada esférica de haste longa e de tamanho compatível, considerando a inclinação do dente e do pino.

5.Continuação do desgaste do pino com insertos ultrassônicos esféricos diamantados ou lisos (E9, E5, E4D e E2D – Helse Ultrasonic) com potência de 20 a 40%. Especial atenção deve ser dada à diferença de cor entre a dentina e o pino para evitar desgastes nas paredes radiculares.

6.O diâmetro das pontas de ultrassom deve ser compatível com o do canal em cada terço radicular. A realização de radiografias transoperatórias é fortemente recomendada.

7.Finalizado o desgaste do retentor, procede-se à limpeza do cimento remanescente nas paredes radiculares com um inserto ultrassônico liso na potência mínima.

8.Radiografia final.

Retentor intrarradicular

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