Retro preparo com retro obturação com MTA.

Cirurgia paraendodôntica. Caso de cirurgia paraendodôntica de segundo pré-molar superior com abscesso periapical crônico.

Paciente foi indicado por colega por presença de lesão periapical e fístula em dente 15 com pino rosqueável. Pela dificuldade de remoção do pino mantendo-se estrutura para uma nova prótese, optou-se pela cirurgia paraendodôntica, em acordo com paciente e indicador.

Foi realizada então apicectomia com retropreparo com ultrassom e obturação retrógrada com MTA.

Retro preparo com retro obturação com MTA.

In: Sobral et al. Cirurgia paraendodôntica associada a retro-obturação com MTA em tratamento de pericopatia extensa: Relato de caso. RDAPO: Revista Digital da Academia Paraense de Odontologia.

INTRODUÇÃO
A infecção periapical de proveniência endodôntica ocorre devido à necrose pulpar, juntamente com a imunossupressão do hospedeiro, sendo as bactérias gram negativas anaeróbicas, fungos e vírus os principais micro-organismos responsáveis. Assim, as patologias de origem endodôntica têm sua etiologia intimamente relacionada à contaminação microbiana da polpa coronal e radicular.
O tratamento endodôntico convencional consiste em eliminar os micro-organismos das regiões da polpa coronal e radicular, e do periápice, além de determinar barreiras físicas com a obliteração adequada dos canais radiculares, eficazes em impedir que os microorganismos atinjam os tecidos apicais e periapicais.
Contudo, o tratamento endodôntico, como qualquer outra terapêutica, é passível de iatrogenias e limitações, como: resistência bacteriana, re-contaminação, variabilidade anatômica, acidentes e complicações.
Sendo assim, o sucesso do tratamento endodôntico depende de diversos fatores, e em casos de insucessos, como lesões periapicais inacessíveis e persistentes, exige-se uma intervenção alternativa, como a cirurgia paraendodôntica.
A CPE compreende um conjunto de procedimentos, frequentemente realizados quando o tratamento endodôntico convencional não obtém resultados favoráveis. Dentre as indicações estão: obliteração do canal radicular, extrusão apical de material endodôntico, calcificações ou obstrução por instrumentos fraturados, lesões extensas, fraturas radiculares, retentores intrarradiculares que não podem ser removidos, anomalias anatômicas e infecções periapicais persistentes.
Como citado, a CPE consiste em um conjunto de manobras cirúrgicas, as quais variam desde uma curetagem ou plastia apical, apicectomia acompanhada ou não de obturação retrógrada, e até obturação transcirúrgica, e, em alguns casos, são utilizadas todas estas técnicas em conjunto.

https://www.youtube.com/watch?v=tGj5F1t-8ls&t=71s

https://ferrariendodontia.com.br/reabsorcao-radicular-3/

Retro preparo com retro obturação com MTA.