You are currently viewing Tomografia cone beam na Endodontia. Indicação. Aula online.

Tomografia cone beam na Endodontia. Indicação. Aula online.

Tomografia cone beam na endodontia. 2a. parte. Aula Online no canal Carlos Ferrari Endodontia no youtube. Tomografia Interpretação.

https://www.youtube.com/watch?v=n5AKpJLRP00

Essa terceira aula sobre tomografia cone beam na endodontia aborda os conhecimentos para uma correta indicação além de discutir os benefícios de indicação da tomografia.

In: Cap. 6. Radiologia na endodontia. Ferrari et al. Ricardo Machado. Endodontia. Princípios Técnicos e Biológicos. Ed. Gen, 2022:

Relevância do exame radiográfico

Diagnóstico e planejamento endodôntico

A radiografia inicial é o exame que apresenta o maior potencial para fornecer informações tanto para o diagnóstico, quanto para o planejamento endodôntico. Para isso, deve-se realizar, no mínimo, duas incidências com diferentes angulações horizontais. Em alguns casos, também varia-se a angulação vertical para facilitar a visualização dos ápices radiculares.

Quando da investigação do estado da polpa, deve-se analisar a presença de cáries e restaurações e sua relação com a câmara pulpar. Contudo, uma imagem radiolúcida ou radiopaca referente a uma lesão de cárie ou a uma restauração, nessa ordem, pode localizar-se clinicamente nas faces vestibular ou lingual. Portanto, deve-se atentar para o fato de que o tamanho da imagem e sua proximidade com a câmara pulpar são informações auxiliares para o diagnóstico. Sua correta determinação, invariavelmente depende da associação das informações obtidas a partir da anamnese e do exame clínico-radiográfico. Para análise do estado periapical, devem ser atentamente observadas a espessura do ligamento periodontal e a presença de rarefações ósseas, tanto na região do ápice quanto na superfície lateral radicular.

Áreas demonstrando espessamento do ligamento periodontal ou radiolúcidas no entorno da raiz podem indicar reabsorções ósseas decorrentes de processos inflamatórios pulpares ou periapicais. Ainda, deve-se investigar a ocorrência de reabsorções radiculares que se manifestam radiograficamente de diversas maneiras, como arredondamento apical (típico em dentes submetidos à movimentação ortodôntica), imagens irregulares acompanhadas de reabsorções ósseas (reabsorções externas apicais e cervicais), imagens arredondadas no interior do canal radicular (reabsorções internas) e imagens demonstrando perda de lâmina dura e aparente fusão da raiz com o tecido ósseo (reabsorções substitutivas). Para mais informações, recomenda-se a leitura do Capítulo 29, Reabsorções Dentárias: Conceitos, Classificação e Tratamento.

A identificação de trincas ou fraturas através do exame radiográfico pode ser extremamente difícil. Em molares, quando a linha de fratura estende-se da face vestibular para a palatina ou lingual, há maior possibilidade de detecção. Para o planejamento do acesso endodôntico, deve-se analisar as dimensões da câmara pulpar. Especial atenção deve ser dada à maior quantidade de dentina secundária e reparadora e à presença de nódulos pulpares, que podem dificultar a localização dos canais radiculares. Nesses casos, radiografias interproximais proporcionam imagens mais acuradas da câmara pulpar, e portanto, devem ser solicitadas ou realizadas. A análise das dimensões da furca também pode ser útil na identificação de canais atrésicos.

O exame radiográfico inicial deve ser ainda mais criterioso para dentes anteriormente acessados. Perfurações, instrumentos fraturados ou corpos estranhos podem estar presentes. Além da inquestionável necessidade técnica para a instituição de corretos diagnósticos, planejamentos e procedimentos endodônticos, boas radiografias constituem provas legais em casos de litígio. A partir do exame radiográfico inicial, também deve-se analisar as características dos canais radiculares (forma, volume e direção) e a possível existência de canais extras.

Tratamento

Radiografias periapicais também são fundamentais no decorrer do tratamento ou retratamento endodôntico e podem ser realizadas para nortear os desgastes necessários à localização das entradas dos canais radiculares; determinar o limite apical de instrumentação e obturação durante a odontometria e a prova dos cones principais, respectivamente; verificar a qualidade da obturação; e comprovar a finalização do tratamento ou retratamento. Por conseguinte, recomenda-se, no mínimo, a realização de 5 radiografias periapicais durante um tratamento ou retratamento endodôntico convencional.

Proservação

O exame clínico-radiográfico é o principal método utilizado para a proservação das intervenções endodônticas (tratamentos, retratamentos e cirurgias paraendodônticas). Em geral, nos dentes vitais e necrosados acometidos por lesões perirradiculares, almeja-se, respectivamente, a manutenção e a restituição da normalidade periapical. Como se sabe, o sucesso do tratamento ou retratamento endodôntico é diretamente influenciando pela presença de lesões perirradiculares. Nesses casos, há necessidade de proservações ainda mais minuciosas, sempre considerando de maneira associada as informações fornecidas pelos exames clínico e radiográfico. Tomografia indicação

https://ferrariendodontia.com.br/tomografia-interpretacao/

Deixe um comentário