Anquilose. Provável reabsorção substitutiva.

Anquilose. Provável reabsorção substitutiva.

Anquilose. Provável Reabsorção substitutiva no dente 11.

Paciente procurou tratamento ortodôntico e relatou ter sofrido trauma aos 9 anos, com tratamento endodôntico realizado no dente 11. Após dois anos, o dente foi avulsionado com uma pancada leve.

A imagem radiográfica revela imagem compatível com cone de guta percha e cimento obturador, sugerindo anquilose ocorrida ainda no período de desenvolvimento ósseo, já que há grande quantidade de rebordo formado acima do material.

Anquilose in: Anquilose Dentária. Diagnóstico e Revisão de Literatura. Revista da Universidade Vale do Rio Verde v. 17, n. 1: 2019.

A anquilose dentária é considerada uma anormalidade advinda da erupção de dentes, que ocorre na síntese de processos anatômicos, como o tecido cementoblástico que recobre as raízes dos elementos dentais, ao osso alveolar, onde o dente está situado, causando uma invalidação do ligamento periodontal em algumas áreas em torno da raiz. (SANTOS et al., 2009).

Segundo Alves et al. (2011) o denteanquilosado pode parecer impactado, ou seja, abaixo da linha oclusal ou submerso. Esta alteração é equivocadamente conhecida como “submersão”, sendo que não é o elemento dental que se submerge, mas sim o osso que continua em crescimento, seguido pelo tecido mole, que aos poucos, envolve o elementodentário anquilosado.

Considerado o agente causador maishabitual da infra oclusão, de acordo com Madeiro et al. (2005) a anquilose dentária apresenta uma variação de frequência emdentes decíduos entre 1,3% à 38,5% em diferentes indivíduos, sendo o segundo molar
decíduo, relatado como o mais comprometido. Na dentição permanente, sua prevalência é menor comparada aos decíduos. Os terceiros molares inferiores são os dentes mais anquilosados, seguidos pelos terceiros molares e caninos superiores. Em ordem decrescente de frequência, a impacção também pode ser vista nos pré-molares inferiores, caninos inferiores, pré-molares superiores e incisivos centrais superiores.

A patogênese da anquilose dentária é desconhecida e pode ser secundária a vários fatores como distúrbios advindos de alterações de metabolismo local, trauma, irritação química ou térmica, falha no desenvolvimento ósseo local e pressão anormal da língua. (NEVILLE et al., 2004). A anquilose dentária pode ser qualificada em três condições segundo ao seu nível de infra oclusão, sendo elas: leve, moderada e severa. Na condição leve, a superfície oclusal está limitada em torno de 1 mm aquém do nível oclusal; no moderado, a superfície oclusal está ao nível do limite de contato dos dentes contíguos; já o severo, a localização está ao nível ou aquém do tecido gengival interproximal de uma ou ambas faces dentais contíguas. (ALVES et al., 2011).

A terapêutica consagrada para a anquilose dentária implica na exodontia do elemento dental comprometido e sua futura
substituição por uma prótese convencional ou implanto suportada, ou até mesmo o fechamento ortodôntico do espaço remanescente. (VALCANAIA et al., 2003).

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