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Interpretação radiográfica na endodontia

Interpretação radiográfica na endodontia. 3a parte. Aula online.

Radiologia na endodontia – 3a aula. Interpretação radiográfica na endodontia.

Essa terceira aula fala sobre o embasamento teórico que o profissional deve ter para uma melhor interpretação da imagem radiográfica. Conhecer as sobreposições de imagem com interesse endodôntico, as patologias endodônticas e as não endodônticas que podem ser confundidas com as primeiras.

Interpretação

As limitações do exame radiográfico impõem dificuldades na interpretação de radiografias com finalidade endodôntica. A mais importante delas é a natureza bidimensional do exame radiográfico que exige do cirurgião dentista atenção redobrada, principalmente em dentes superiores posteriores. Sobreposições radiográficas de interesse endodôntico Algumas estruturas anatômicas possuem imagens radiográficas radiolúcidas que, dependendo de sua posição, podem ser confundidas na interpretação com rarefações periapicais de origem endodôntica. Na maxila, estruturas que pode produzir tal efeito são o canal e forame palatino e seio maxilar, que podem ter sua imagem sobrepostas principalmente em radiografias com a angulação distorcida. Na mandíbula, a estrutura anatômica que quando tem sua imagem sobreposta à dos ápices, causa interpretações equivocadas, é o canal mandibular e mais frequentemente, o forame mentoniano

Anatomia endodôntica.

O exame radiográfico revela a anatomia dental e tecidos periodontais e ósseos em duas dimensões, o que requer interpretação para melhor planejamento do tratamento endodôntico. A observação diferencial de esmalte e dentina pode ser facilmente realizada devido à diferença em sua composição (cerca 90% e 70% de composição mineralizada respectivamente). Em relação à região apical, o forame apical raramente encontra-se no vértice anatômico do ápice, sendo que sua posição mais comum é lateralmente a esse, e possui ainda uma distância variável entre sua constrição e o vértice anatômico. Em dentes anteriores, a imagem de uma raiz sem um canal radicular discernível, pode indicar uma metamorfose cálcica da polpa, ou mineralização pulpar. Já quando há imagem de canal radicular apenas nos terços médios e apicais, pode significar esse processo de mineralização em andamento. Quando uma imagem radiolúcida do canal radicular tem alterações em radiopacidade, podemos interpretar uma divisão no canal. A imagem radiopaca na verdade pode representar tecidos duros entre eles a partir daquele ponto.

Patologias não endodônticas com imagens na região periapical.

A interpretação radiográfica na endodontia, quando nos deparamos com alterações nesta região, deve ser realizada com atenção e rigor, seguindo critérios definidos e objetivos, portanto sugere-se a observação dos seguintes detalhes de uma imagem: número de lesões, localização, radiolucidez, características das bordas, estruturas internas, efeitos nas estruturas adjacentes e associação e efeitos da lesão com dentes adjacentes. As patologias e alterações de origem não endodôntica mais comumente erroneamente diagnosticadas como endodônticas são listadas a seguir, por radiolucidez: Radiopacas: osteosclerose idiopática e tórus mandibular. Mistas: displasias cemento ósseas, odontomas e cementoblastoma benigno. Radiolúcidas: cisto periodontal lateral, cisto dentígero, ceratocisto, cisto ósseo traumático e cisto nasopalatino, tumor odontogênico adenomatóide, lesão de células gigantes, fibromas e lipomas intraósseos, ameloblastoma, tumores malignos e defeito ósseo de Stafne.

Patologia endodôntica.

A interpretação de imagens radiográficas para o diagnóstico de patologias endodônticas deve ser sempre levada em conta somente após o cumprimento de todas as etapas anteriores, de anamnese, histórico e exame clínico. A imagem radiopaca da lâmina dura quando espessa e aumento da imagem radiolúcida que representa o ligamento periodontal, podem revelar deslocamento dentário ou processo inflamatório do ligamento por trauma oclusal, patologia pulpar e/ou periodontal. Já a imagem diminuída ou inexistente, quando acompanhada da perda da imagem da lâmina dura, pode revelar um processo de reabsorção substitutiva, ou anquilose. Uma rarefação óssea periapical difusa de pequenas dimensões pode estar associada a um processo inflamatório pulpar (inflamação pulpar irreversível), tanto sintomático, quanto assintomático. Dentre as condições de mais difícil diagnóstico na endodontia está a fratura radicular transversal. Quando o sentido da linha é vestíbulo-lingual as possibilidades são maiores de observação, porém é extremamente difícil quando ocorre em sentido mésiodistal, perpendicular ao feixe de raios-x. Nesses casos pode-se observar indícios de sua presença quando se observam imagens radiolúcidas ou mesmo radiopacas em caso de canais tratados em formato de “J”, por toda a extensão de uma superfície radicular até o ápice. Radiologia na endodontia – 3a aula. Interpretação.

https://www.youtube.com/watch?v=54RIIdLbsYk

https://ferrariendodontia.com.br/tecnica-radiografica-na-endodontia/

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