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Lesão endoperio. Molar inferior com pulpite.

Lesão endoperio. Molar inferior com pulpite e suspeita de trinca na raiz distal.

Paciente procurou o consultório queixando-se de dor ao quente e ao frio, característicos de pulpite. O exame clínico revelou como dente causal, o dente 37, além bolsa profunda na região distal. Como agravante ao quadro, paciente padrão braqui, com oclusão desequilibrada sobre o referido dente. O exame radiográfico revelou cálculo e imagem em “J” na raiz distal, sugerindo trinca.  Após a pulpectomia, fez-se investigação com auxílio de microscópio e solução de azul de metileno, por trincas na câmara pulpar, e nenhum indício encontrado. Foi então colocada medicação intracanal biocerâmica (Bio C Temp), e observou-se o extravasamento pela provável trinca. Após 1 semana, houve reabsorção parcial da medicação extravasada.

Após 1 mês, realizou-se a obturação, e o paciente foi instruído para consulta com o periodontista e retorno para acompanhamento.

Lesão endoperio In: Oliveira et al. Tratamento clínico cirúrgico de lesões endoperiodontais. Relato de caso.

Introdução:
As inter-relações entre as doenças pulpar e periodontal ocorrem primariamente devido às íntimas conexões anatômicas e vasculares entre a polpa e o periodonto; essas inter-relações têm sido tradicionalmente demonstradas usando critérios radiográficos, histológicos e clínicos. Alguns estudos sugerem que as duas doenças podem ter influências etiológicas na progressão uma da outra.

Os principais caminhos de comunicação entre os dois tipos de tecido são o forame apical, os canais laterais e acessórios e os túbulos dentinários (Cohen e Hargreaves, 2011). As doenças endodônticas-periodontais geralmente apresentam desafios para o clínico em relação ao seu diagnóstico, tratamento e avaliação do prognóstico. Para o diagnóstico diferencial e para fins de tratamento, as chamadas “lesões endo-perio” são mais bem classificadas como doenças endodônticas primárias, doenças periodontais primárias e doenças combinadas. As doenças combinadas incluem: doença endodôntica primária com envolvimento periodontal secundário, doença periodontal primária com envolvimento endodôntico secundário e doenças verdadeiras combinadas (Lopes e Siqueira, 2015).

A doença periodontal primária com envolvimento endodôntico secundário e as doenças endo-perio combinadas requerem considerações tanto endodônticas quanto periodontais. O prognóstico da doença periodontal primária com envolvimento endodôntico secundário e das doenças combinadas verdadeiras depende principalmente da gravidade da doença periodontal e da resposta dos tecidos periodontais ao tratamento. As doenças combinadas verdadeiras apresentam frequentemente um prognóstico reservado. Geralmente, o tratamento endodôntico adequado irá resultar em cicatrização das lesões de origem pulpar. O prognóstico das doenças combinadas depende principalmente do sucesso da terapia periodontal (Walton e Torabinejad, 2010).
Os sintomas da periodontite marginal, como a presença de bolsas periodontais profundas purulentas, edema gengival, mobilidade dentária, reabsorção óssea evidenciada radiograficamente, podem ser tais quais os sintomas desencadeados por causa endodôntica. Às vezes, embora mais raramente, uma imagem radiográfica de radiolucidez periapical pode ser consequência da mortificação e infecções pulpares induzidas pela evolução da periodontite marginal (Jivoinovici et al., 2017).

Um amplo espectro de diferentes opções terapêuticas e/ou sequências terapêuticas incluindo tratamento endodôntico e periodontal com procedimentos não cirúrgicos e/ou cirúrgicos com ou sem antibióticos locais ou sistêmicos tem sido descrito em relatos de casos e estudos clínicos (Schmidt et al., 2014).

https://www.youtube.com/watch?v=6Z3H1HrJhP8&t=78s

https://ferrariendodontia.com.br/inflamacao-pulpar-reversivel/

Lesão endoperio

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